Regina Barros Leal
Corria desvairada pela rua deserta
Contorcendo-se, sente uma súbita aflição
Ah! Aquela agonia inexplicável! Estranhamento.
Suas mãos gesticulavam como que apanhando a poeira do tempo.
Os sonhos em fuga e as ilusões perdidas no incompreensível.
Quanta dor!
Dor da perda, do arrependimento, do erro, da palavra dita.
E o tempo não retrocede
Sua alma, devastada pelos ressentimentos mil, queda-se
Perdera-se no espaço vazio da desilusão.
Uma vermelha dor rasga o seu peito. Fragilidade.
E o amanhã será diferente?
Eu creio.
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