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domingo, 1 de janeiro de 2012

Comportamento Ético x Atuação Profissional

Comportamento Ético x Atuação Profissional
Marcelo Ribeiro Rocha
Formado em Engenharia Civil, com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pelo Centro Universitário UNA e está há 20 anos trabalhando no Banco Mercantil do Brasil atuando Analista Sênior da Gerência de Capital Humano mais especificamente na área de Planejamento de Capital Humano, sendo membro da equipe de implantação e acompanhamento do modelo de gestão por competências dos funcionários da empresa. Desenvolveu um artigo intitulado: “Ética nas Instituições Financeiras”, ministrou aulas no Curso de Extensão em Excel Avançado pelo Centro Universitário UNA e foi palestrante convidado pela FGV nos temas relacionados às competências necessárias para atuação nas empresas relacionadas às atividades financeiras.
É fato que, nós, seres humanos, quando queremos que as coisas funcionem em nossas vidas de acordo com a nossa vontade, não imaginamos que tais acontecimentos possam estar aos olhos dos outros, funcionando de certa forma de maneira errada. Ou seja, que elas atentam contra a moral e os bons costumes da sociedade dentro da qual estamos inseridos.
Simplesmente passamos firmemente a creditar que nosso maior desejo é que tudo ao nosso redor que de alguma forma nos favoreça, esteja acontecendo dentro das normas e leis estabelecidas e que todos estejam agindo de maneira justa e sincera em suas decisões. Resumidamente, se tais condições estiverem existindo, estaremos, então, vivendo no melhor dos mundos.
Avaliemos, dessa forma, dentro desta análise a seguinte situação: temos a necessidade urgente de um documento e estamos diante de um atendente trabalhando em um balcão de algum órgão público. Esta pessoa, então, lhe informa que tal documento só estará disponível dentro de um prazo mínimo de uma semana. Ou seja, prazo considerado normal dentro dos trâmites legais deste órgão. É claro que, devido à nossa urgência para nos apoderarmos deste documento, não poderemos esperar o decorrer de tal prazo.
Este período de espera chega a ser angustiante e, na sua mente, você declara para si próprio que a emissão deste documento parece ser uma rotina tão simples que é inadmissível que ele só possa ser entregue dentro desse absurdo prazo de sete dias (o que em sua opinião, é considerado uma eternidade). Você chega até mesmo a argumentar com o atendente frases do tipo: “Poderia colocar uma observação de urgência nesse pedido?”, “Não seria possível antecipar a entrega?”. Todavia, seria inútil esse tipo de negociação. Instantaneamente o que vem à nossa cabeça? Como se automaticamente a resposta surgisse, concluímos: preciso conhecer alguém “infiltrado” no sistema para agilizar este processo, pois a minha urgência supera as barreiras da ordem e da moral sob a ótica destes aspectos.
Esse é apenas um exemplo de uma das cenas do nosso cotidiano que frequentemente acontece em nossas vidas, seja com um conhecido, um amigo ou até mesmo comigo ou com você, pois somos seres humanos dotados de fraquezas e desejos. É a partir deste ponto que quero tocar neste assunto em questão. Até onde vão os nossos princípios, nossa ética e até que ponto o ambiente no qual estamos inseridos interfere em nossas vidas e na vida dos outros?
No ambiente empresarial este cenário, na maioria das vezes, não é diferente. Tente avaliar em quantos momentos precisamos quebrar certas normas e regras das empresas e até mesmo pessoais para preservar nossos postos de trabalho, para mostrarmos nossas competências na solução dos problemas considerados morosos e sem solução. Enfim, mostrar um alto grau de comprometimento com a organização para a qual trabalhamos. Até onde o profissional pode se manter íntegro para atingir suas metas mesmo estando ele agindo sob pressão? Qual o limite do ser humano para suportar a carga de responsabilidade dentro da organização e até que ponto estamos dispostos a testá-lo?
Definitivamente tais questões podem parecer corriqueiras e talvez não mereçam o crédito que estou dando principalmente neste contexto, mas apenas por suposição vamos imaginar que estas atitudes tornem-se um hábito e comecem a fazer parte da vida profissional do indivíduo. Como uma parasita, corroendo as entranhas do ser humano, sob o aspecto moral, tais atitudes passam a ser quase que obrigatórias na vida deste indivíduo que possui fraquezas e desejos, além do fato de que o tal “jeitinho brasileiro” irá superar a sua própria competência, o seu medo de falhar e não ser reconhecido.
A consequência disto? As empresas estarão fadadas a perder o bom profissional, o colaborador que é justo, honesto e confiável. Se por um lado ele é capaz de transpor barreiras para alcançar o seu objetivo e as metas da empresa, por outro, ele se corrompe, torna-se um manipulador de pessoas, trai a sua própria confiança de dos demais ao seu redor.
A solução seria então demiti-los? Tomar esta atitude como se estivéssemos cortando o mal pela raiz? Acredito sinceramente que não seria uma solução viável até mesmo sob o ponto de vista financeiro. O que sugiro é que a organização cuide destes profissionais com um olhar mais atento e crítico, com o apoio contínuo durante a realização das suas atividades, do acompanhamento das metas e tomada de decisões. Não devemos deixar que atuais e futuros talentos dentro da empresa venham a se tornar uma espécie de vírus, contaminando negativamente a organização, espalhando, por assim agirem, o anticlima e a desconfiança de todos aqueles que o cercam, sejam eles os seus pares, suas equipes, seus clientes, parceiros e acionistas. Afinal, devemos ter sempre em mente a seguinte premissa: os clientes sempre enxergam a empresa por trás dos colaboradores que os atendem.
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O desfecho

O desfecho
                                                               Regina Barros Leal

A festa continuava e alguns dançavam felizes
Outros bebiam, conversavam e o tempo passou silente
Foi-se a noite e a madrugada assolava o portão do clube
A banda silenciara e  os instrumentos recolhidos
 Caixas de som cobertas de um pano preto gasto pelo uso
 O amanhecer anunciava um dia sonolento
A chuva caia fina e sem alarde molhava a grama do pátio azul, antes encantado!
Pessoas saiam e as palavras soltas jorravam de suas bocas descoloridas
Cada uma, desconectada, olhava distraída o dia chegando
Jovens  cansados tiravam os saltos altos e as gravatas do colarinho
Camisas abertas, corpos suados, vestidos de noite molhados
 Despenteados, com os ombros baixos atravessavam a rua
Olhando do outro lado da calçada,  ela percebeu
A tristeza entranhava-se nas pedras da calçada escura de lodo
As portas dos carros abriam-se ao som dos alarmes frenéticos
Motoristas desatentos e alcoolizados choravam solidão
Meninas de saias curtas ruminavam decepção e saiam apressadas
Fim de festa!
Ainda bem que tinha o caldo de peixe no Bar do seu Malaquias 

A ARTE DO CONVIVER E DO APRENDER


O caminho do conhecimento

                                 *Eduardo Shinyashiki


O ser humano tende a trocar informações na convivência com o seu semelhante. Educamos e somos educados, ensinamos e aprendemos, influenciamos e somos influenciados. Essas ações se dão por meio das falas, dos gestos, das atitudes e da comunicação, seja ela verbal ou não verbal, intencional ou até involuntária. Assim, a arte do conviver e do aprender é uma metodologia ensinada ao longo de nossa vida através de pequenas atitudes que nos são apresentadas como exemplos e modelos nas relações que estabelecemos com a família, a escola, o trabalho, o lazer, e outros.

É nesse momento que se torna necessária uma consistência no diálogo a fim de garantir uma troca eficaz de experiências onde se respeite as diversidades com a consciência de que as mesmas podem caminhar juntas, promovendo o intercâmbio de idéias e a cooperação entre emissor e receptor da informação.


Na arte do conviver e do aprender, é importante ressaltar o papel das emoções como fator determinante nos relacionamentos interpessoais e na construção do conhecimento e do desenvolvimento humano, tendo como base o começo e fim de qualquer processo de transformação e evolução. A influência desses sentimentos se faz presente em todos os processos de transformar a informação em entendimento, de modo que, quando algo nos deixa satisfeito, felizes, compreendemos melhor a comunicação criada entre um indivíduo e outro.

Como educadores, nos perguntamos quais as possibilidades de transmitir esta arte e desenvolver as dimensões fundamentais do indivíduo e do cidadão, no contexto familiar, escolar e social. Claro que o tema é vasto e complexo, todavia, podemos ter presente alguns elementos importantes de reflexão quando pensamos em fortalecer o caminho do conhecimento, da convivência e da aprendizagem:

• É importante pensar em um contexto educativo que possa misturar os aprendizados onde aspectos cognitivos e relacionais se integrem para facilitar a compreensão do significado da vida na sala de aula, no cotidiano e no convívio social, reconhecendo que o estudo de todas as disciplinas pode contribuir a adquirir e solidificar as competências pessoais, comportamentais e éticas, não só cognitivas;

• Ressaltar a centralidade da pessoa, no sentido de promover o desenvolvimento da valorização do ser humano, através de um percurso de respeito da pessoa, da sua individualidade, da sua cultura, etnia, relações familiares e sociais, preservando e respeitando a identidade dos indivíduos, fortalece a solidariedade e a cooperação;

• Estimular o respeito das diversidades e ter consciência de que as mesmas podem caminhar juntas, criando modelos mais valiosos e eficazes do que o indivíduo sozinho poderia atingir. Desta forma, se promove o intercâmbio de ideias, a realização do trabalho em equipes, a valorização dos relacionamentos interpessoais e dos valores humanos;


• Favorecer no aluno a busca da própria identidade, orientá-lo para fortalecer as próprias habilidades e talentos, significa que estaremos ajudando este estudante a compreender as diferenças e o conceito de diversidade, no sentido amplo de considerar a maneira de cada um ver a realidade, de dar significado as experiências e aos aspectos da vida;

• Permitir ao aluno considerar as próprias ideias, opiniões e visão de mundo não como um fator absoluto, mas como uma das possíveis maneiras de entendê-lo, em um processo de compartilhar os significados, permitindo o desenvolvimento do raciocínio crítico, da habilidade de tomar decisões e promovendo o interesse para a colaboração e auxílio ao próximo, pois a arte de conviver e aprender, como caminho do conhecimento, se refere à evolução como ser humano, à maneira de ser e de agir de cada pessoa, do relacionamento consigo mesmo, com os outros e com a realidade;

• Fortalecer o significado da comunicação e do diálogo, para que assim o aluno compreenda a importância de entender e fazer-se entender. A troca de informações nada mais é que uma aula onde experiências e pontos de vista são expostos a fim de compreender a diversidade existente no ambiente em que vivemos.


Para colocar em prática tais elementos, devemos lembrar que a palavra “aluno” origina-se do latim alere, que significa nutrir, alimentar, amamentar. Neste contexto, é possível afirmar que o termo aluno é o mesmo que “crescer”, pois quando alimentamos ou nutrimos algo é com a intenção de fazê-lo se desenvolver. É importante ressaltar este significado para termos consciência que o caminho do conhecimento acontece através dos aprendizados apresentados não só como informações, mas como alimento do crescimento como indivíduo, como ferramenta para o fortalecimento da auto-estima e da auto-realização do aluno.

Outro termo que devemos ter em mente é a palavra “comunicação”, que tem sua raiz etimológica no latim eclesiástico communicatio, que significa “participação à mesa eucarística” e no termo latim “communicare”, da “communis”, “ben comum”. Portanto, o real significado da comunicação indica algo a ser compartilhado, por isso é precisamos estar conscientes daquilo que queremos “tornar comum”.

Entende-se, então, que comunicação são todas as formas expressivas, verbais e não verbais, que nos permitem entrar em contato com nós mesmos e com os outros a nossa volta, fortalecendo relacionamentos e criando respostas. Deste modo, educador, estimular e alimentar a curiosidade dos alunos, considerar as perguntas e valorizar os questionamentos, abre espaço à confiança e ao respeito recíproco.

A arte do conviver e do aprender depende do comprometimento pessoal com a valorização da vida e do viver, orientada por princípios, valores, e posturas que reconheçam a nossa responsabilidade na criação da realidade, na compreensão e entendimento de nós e do mundo, através das nossas crenças, paradigmas, opiniões e ações. Ao assumir este compromisso, novas maneiras de encarar o mundo virão como consequência, refletindo em um pensamento mais flexível, criativo e inovador, que nos leva à realização pessoal e à possibilidade de sermos fiéis ao nosso potencial, qualidades e objetivos.




Eduardo Shinyashiki é consultor, palestrante

Quem sou eu

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Fortaleza, Ce, Brazil
Sou uma jovem senhora que gosta de olhar o mundo de um jeito diferente, buscando encontrar o indecifrável, o indescritível, o inusitado, bem como as coisas simples e belas da vida.