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domingo, 27 de novembro de 2011

DISCUSO DE POSSE NA ACADEMIA CEARENSE DA LÍNGUA PORTUGUESA








ACADEMIA CEARENSE DA LÍNGUA PORTUGUESA – ACLP
REGINA LUCIA BARROS LEAL DA SILVEIRA –
DISCURSO DE POSSE
FORTALEZA, 01 DE SETEMBRO DE 2011
      
 Boa noite a todos.
Aos integrantes da mesa, aos acadêmicos e a todos os presentes, minha saudação fraterna, que estendo, de modo especial, ao ilustre Presidente da Academia Cearense de Língua Portuguesa, Ítalo Gurgel
         Agradeço ao Batista de Lima o apoio reiterado que me tem concedido ao longo dos anos, prefaciando livros meus e, agora, honrando-me com um belo e precioso discurso de recepção a esta Academia. Louvo a amizade que nos vincula e, no mesmo passo, celebro seu talento literário.
         Sou grata à acadêmica Revia Herculano por seu incentivo. Ao acreditar em mim, estender-me a mão em confiança, você, querida amiga, tomou assento permanente em meu universo afetivo.
          Ao Arley, companheiro fiel, o tributo a seu amor de esposo e pai, perpetuado em gestos de carinho e atenção.
         Aos filhos e netos, fonte de alegria e inspiração, meu afeto irrestrito, meu amor incondicional que arrebata minha alma  para o infindo e eterniza-se na finitude de minha existência. Drumonnd fala por mim:
A cada dia que vivo mais me convenço que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, que perdemos também a felicidade
         Aos caros irmãos, parceiros de sonhos e relembranças, de amores e dissabores, um renovado agradecimento. Tomo a liberdade de dizer ao querido e afetuoso irmão César, membro da Academia Cearense de Letras: Muito obrigada! Sua sabedoria, seu empenho e sua determinação têm sido um norte em minha vida.
Aos amigos, que nem sequer imaginam o quanto me são importantes, ofereço um fragmento da poesia de Vinicius de Moraes para sinalizar o que sinto neste exato instante:
“Eu talvez não tenha muitos amigos, mas os que eu tenho são os melhores que alguém poderia ter.” (Vinicius de Moraes)
Prossigo, registrando que o tempo confere credibilidade às instituições na medida de seu desempenho. Desde sua fundação, em 28 de outubro de 1977, a Academia Cearense de Língua Portuguesa tem exercido, nas terras de Alencar, um inestimável papel histórico, na medida em que tem zelado pela beleza e aprimoramento de nossa língua pátria.
 O Presidente da Academia, Italo Gurgel, em seu discurso de posse, verbalizou:

As academias são eternas. Passam as modas e os modismos, vão-se as escolas, desfilam em ondas fugazes os movimentos, tendências e estilos. As academias, porém, trafegam com desenvoltura pelas veredas do tempo, porque edificadas com a matéria prima da verdadeira imortalidade.

Esse sentido de sua missão se fortaleceu no curso dos anos e lhe assegurou reconhecimento pela seriedade de seu compromisso institucional.
         Passo a pertencer a este sodalício com particular enlevo e disposição para haurir estímulos e ensinamentos. Confesso temores. Afinal, pertencer a Academia Cearense da Língua Portuguesa constitui uma enorme responsabilidade. É honraria que poucos têm. Mas este receio é superado pela gentileza e afabilidade dos seus membros.
 Recorro a Clarice Lispector:
"As pessoas mais felizes não
têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das
oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para
aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam
e tentam sempre.”
Na circunstância do novo, busco aprender e aperfeiçoar experiências, assumindo o nobre compromisso. O cenário de respeito e sua amável acolhida me tranquilizaram e piso forte neste chão histórico, envolvida no encantamento. Decido escutar, prosseguindo como aprendiz. Aspiro sabedoria, com vagar, como se sorvesse a taça do melhor vinho. Participei de uma reunião anterior da Academia e lhes confesso que me faltam palavras para expressar a sensação que tive naquele momento singular.
Tomo posse da cadeira 24, que tem como Patrono Laudelino Freire e antecessor Adalgiso de Almeida Paiva.
         Laudelino Freire foi um dos maiores investigadores dos estudos clássicos e filológicos no Brasil. Membro da Academia Brasileira de Letras. Professor catedrático do Colégio Militar, lecionou  várias disciplinas.  É o autor do Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa  no período de 1939-1944, de publicação póstuma, em cinco volumes. Autor, igualmente, de A defesa da língua nacional (1920), Verbos portugueses (1925), Seleta da língua portuguesa (1934). Advogado, jornalista, professor, político, crítico literário, critico de arte, também escreveu Um século de pintura, obra de pesquisa sobre o desenvolvimento da arte no Brasil.
             Por sua vez, Adalgiso de Almeida Paiva, professor da Escola Técnica de Comércio Padre Champagnat, lecionou várias disciplinas em colégios de Fortaleza. De temperamento reservado, cumpriu, sem alarde, seu papel de acadêmico, zelando pela norma culta e dando exemplo de humildade e sabedoria.
Queridos amigos, ao redigir este discurso, quis tocar  corações, despertar interesse em minha fala. Como expressar meus sentimentos sem resvalar por um texto longo e cansativo? Tomei a decisão: Expressaria o que aprendi ao longo de minha formação pedagógica, procurando não abusar da generosa paciência dos que me ouvem. Serei breve.
        
Recorro a Paulo Freire em sua proposta de Educação Libertadora. Paulo Freire abraçou a concepção do papel político do professor, ressaltou o valor da construção de uma ética solidária no exercício da prática docente, do diálogo, do saber-fazer, permeado das dimensões éticas, culturais, sociais, políticas e humanas. Enfatizou, ainda, a leitura da palavra em seu sentido significante e contextual, possibilitando ao aprendiz adulto, desvendar o mundo, entender a acepção política de sua existência social e compreender a palavra em sua concretude histórica e cultural.     
Concordo com o grande mestre ao agregar que para ser professor não é suficiente conhecer as regras, os conteúdos, a ciência. É necessário ter alma de educador, voltando-se para a vida e as utopias. Encantar-se e ser esperançoso. Não desistir da nobre missão.
Como educadora de formação, durante anos, professora do ensino fundamental, médio e superior, estudo propostas educacionais e ministro cursos de Docência do Ensino Superior, Psicologia da Aprendizagem, Teorias e Técnicas de Intervenção Grupal, tanto na graduação como na pós-graduação, neste sedutor itinerário do aprender a aprender.
Quando trabalhei na escola pública, orientei docentes de diferentes áreas, especialmente os professores de português, no exercício do diálogo com os alunos, no uso de métodos e técnicas criativas e desafiadoras.
 Nos cursos de formação docente, procuro divulgar o valor da dimensão didática, uma vez que o ensino da língua portuguesa, bem como o de outras áreas, exige o uso de metodologias ativas e estratégias problematizadoras.
Assim espero contribuir com reflexões dessa natureza, sobre os aspectos didáticos, as nuances pedagógicas e os recursos técnicos presentes na docência do vernáculo.
         Não quero deixar, porém, neste momento, de imprimir meu jeito de ser. Sou romântica e gosto de escrever, narrar fatos, fazer poesia, contar estórias, fantasiar o presente, mergulhar no passado, enveredando por caminhos não explorados e abrindo fendas no tempo. São circunstâncias que invadem de significados minha história de vida. São estas marcas do indelével, contidas na singularidade da essência humana, na temporalidade da vida, que me seduzem em ponto grande. Alçar voos, perseguindo o eterno no infinito do tempo: eis uma das razões maiores de minha efêmera existência.
Concluo, manifestando meu agradecimento aos que compareceram a esta solenidade e reiterando, com ênfase, o orgulho pessoal por ingressar na Academia Cearense da Língua Portuguesa.
 Obrigada.
A COR DA PAIXÃO

FUI TE BUSCAR

domingo, 20 de novembro de 2011

Descrição:
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Ser professora




Ser professora! Quantas  possibilidades temos em nossas mãos ao construirmos relações saudáveis, companheiras, amigas de todas as horas, ter parceiros da alegria, dos encontros sociais, das tristezas e dos debates sobre o cotidiano,enfim sobre a vida. A minha profissão de educadora, professora tem me permitido essa dádiva. Conheço muita gente legal! Afáveis amigos que, comigo, as horas  passam as semanas, os meses num convívio de muita generosidade e admiração.Passa o semestre e  deixam rastros de luz. São generosos e respeitosos. Perguntam, duvidam, estudam. Ah! os alunos que conhecemos como professores preenchem parte de nossa vida e nos fazem felizes. Todo semestre faço novos amigos , mas não esqueço dos que passaram, porque não foi em vão e continuam presentes no cenário de nossa afetividade. Que os projetos de todos se realizem e consigam mudar o pais, banir a corrupção, firmar compromissos com a justiça, com a honestidade e construir pontes de humanidade. Jamis perder a esperança e a vontade de transformar o mundo com suas ações corajosas e suas  mentes brilhantes

sábado, 19 de novembro de 2011


Na carruagem dos meus sonhos

Possibilidades de uma amanhã orvalhado

poema

minha ilha de Névoa


Minha ilha de névoa

amei


Poema de Regina

Poemas de Regina

A insensatez do prazer amordaçado

Efemeridade de um sonho




                                   Regina Barros Leal

Como desejaria alugar minha alma
Para alguém cuidá-la
Conservá-la limpa
Sem manchas
Sem sombras
Imaculada na esperança
Plena no tempo do devir
Estreita na efemeridade dos sonhos vãos
Ah! Que me dera repousar nas águas das cachoeiras
Banhar os cabelos
Molhar o corpo
E, enquanto outros trabalham
Eu descanso na fantasia

Desventura




Regina Barros Leal
Corria desvairada pela rua deserta
 Contorcendo-se, sente uma súbita aflição
Ah! Aquela agonia inexplicável! Estranhamento.
Suas mãos gesticulavam como que apanhando a poeira do tempo.
Os sonhos em fuga e as ilusões perdidas no incompreensível.
 Quanta dor!
 Dor da perda, do arrependimento, do erro, da palavra dita.
E o tempo não retrocede
 Sua alma, devastada pelos ressentimentos mil, queda-se
 Perdera-se no espaço vazio da desilusão.
Uma vermelha dor rasga o seu peito. Fragilidade.
E o amanhã será diferente?
Eu creio.


O tempo do envelhecer


                           





                        Regina Barros leal
Os olhos embaçados pela tristeza
O andar lento e temeroso  
Um rosto distante com fortes marcas do passado
O amor companheiro
O humor esgarçado
Pequenas fissuras nascidas da convivência
No cotidiano, o desalento do amor esmaecido
O tempo se esvai e carrega tanto a dor quanto a alegria
Os enormes olhos pretos e sedutores se foram
Transcendendo o hoje, ainda busco a magia da recordação
Encontro o amado, o amante e os beijos apaixonados
 A beleza da cumplicidade em cada gesto
O companheiro tão doce em mil situações
Rude no desatino da desesperança
Temperamental e amante ardente
O tempo passou, eu sei
Ah! Mas os seus cabelos brancos me enternecem

A FESTA DE CASAMENTO




                                                           Regina Barros Leal

Uma tarde de domingo. A meninada corria na praça ao lado. A vila estava em festa. Era o dia do casamento de Lucinha, a garota mais bonita de Suruaru. Bem-nascida, filha do Coronel Sinhô, ela espargia cheiro de rosa por onde passava. Todos os rapazes sonhavam casar com ela. Só sonhos. Lucinha iria esposar o bacharel em direito, Dr. Eduardo, moço bonito das bandas da capital. Rapaz engomado, com ar de opulência escancarada. O pessoal de Suruaru não simpatizava muito com o seu jeitão de menino mimado. Mas, o que fazer? Iria assistir à chegada dos noivos, do lado de fora da igreja, pois que só entrariam os convidados do Coronel: a gente importante da cidade. Um magote de gente fina, embestados, assim dizia Zé Mãozinha, apelidado por conta de um defeito de nascença. Sua mão esquerda era  pequena e com os dedos encolhidos em concha.
           
            A vila toda estava do lado de fora da igreja, com exceção do padre, do juiz, com sua mulher e filhos, do promotor, dos deputados, do Dr. Soluço, médico da cidade que herdara o apelido pelas frequentes noites de boêmia. Além deles, os ricos da cidade. Foram esses os convidados. Aos outros, fora-lhes dado o direito de assistirem à entrada e à saída dos noivos e convidados.

            18 horas. Os sinos tocaram anunciando um tempo de festa.  Aperreados, o padre e o sacristão apareceram na frente da igreja. Faltara a Amelinha, a moça que parecia um rouxinol ao cantar. Maria, sua amiga de infância, acalmando os ânimos, afirmava para não se preocuprarem. Amelinha era assim mesmo, agradava- lhe chamar a atenção.  Pouco tempo depois, dissipando as dúvidas, ela descia do Jipe, acompanhada de sua mãe, Dona Emengarda, costureira famosa da região.

            19 horas. Os convidados, mulheres, homens e crianças, arrumados de tal maneira que mais pareciam manequins de lojas chiques, desdenhavam as mulheres fofoqueiras de Suruaru.

Os carros encostavam e, de dentro deles, desciam senhoras cheias de paetês e plumas, magras, opulentas, caminhando com pouca desenvoltura sobre sapato de salto alto e de bico fino; homens de ternos escuros, crianças e jovens coloridos e sorridentes. Não havia indícios de escassez, muito pelo contrário, era uma festança, assinalando uma riqueza atordoante.

 O casamento era de arrebentar! Afinal, ela era a filha do coronel Sinhô, o homem mais poderoso daquelas bandas.

            20 horas. O noivo aparece de fraque branco e cabelos brilhantes. Irradiava alegria e certo toque de esnobismo.



 21 horas. E a noiva não aparecia. O burburinho da igreja já ecoava. Os convidados, desassossegados, mexiam-se nas cadeiras. Alguns haviam chegado às 18h30min. Que desperdício de tempo! Resmungavam. O calor desmanchava os penteados de algumas convidadas que exageraram no laquê. O noivo, a essa altura, enxugava a testa molhada de suor, já brilhando ao efeito da luz da capela, que, por sinal, estava enfeitada com flores do campo e rosas vermelhas.

O tempo passava inexorável, e nada da noiva! Nisso, chegou correndo um menino da fazenda. Era o Tonho. Procurava o Coronel. Foram para a sacristia. O noivo, já pálido, pedia um copo com água. A mãe, quase desfalecendo de ansiedade, embaraçada pelo vexame, não sabia onde colocar as mãos trêmulas pela aflição da espera.

O Coronel chamou o noivo, e conversaram baixinho. Zombeteiros, os convidados já cochichavam maliciosamente, afirmando que a noiva não viria, desistira de casar.

 Passaram cinco intermináveis minutos. Logo depois, voltando da sacristia, o noivo demonstrava alívio. Parecia estar mais calmo. Seu rosto expressava um sorriso amarelo. Algo estranho teria acontecido, mas o problema já fora solucionado. Dessa forma, retorna ao seu lugar, muito embora abatido.

 O coronel, ressabiado, dirigindo-se aos convidados com um gesto de mão, comunicava que a noiva estaria vindo.

Poucos minutos depois, eis que ela chega. Desce do carro. Os cabelos soltos, adornados por uma linda tiara, desciam sobre os ombros. O vestido era branco, de renda francesa, bordado de pérolas e pedras. Circulava o boato de que o coronel o encomendara de Paris. Lucinha, a noiva, descorada, um pouco atordoada, revelava um rosto contorcido por algum desconforto. Adentrou a Igreja, ao som da marcha nupcial, devagarzinho, segurando o braço do coronel.  Seu andar vacilante, desengonçado, denotava insegurança. Conseguiu, a muito custo, chegar ao altar, revelando esgotamento pelo visível esforço.

           O padre iniciou a celebração. Todos acompanharam a missa. Lá para as tantas, o coronel deu a entender ao celebrante que fosse mais rápido. Pronto atendimento. Terminou a cerimônia. Nem a cantoria aconteceu. Os noivos se beijaram e, desajeitados pela pressa, quase escorregaram ao sair da igreja. Pareciam consternados. Nem as flores jogadas fizeram brilhar os seus rostos aflitos. Tampouco compareceram à recepção.

            Comentaram que Lucinha tinha sido acometida de uma forte diarréia. Comera um queijo arruinado. Era tamanha a dor de barriga que quase não conseguira ficar em pé. Foi necessário usar uma fralda da avó que sofria de incontinência. Falaram até que o vestido de noiva ficou uma desgraceira.

Pior! Dizem as más línguas que, naquela noite..., o noivo passara o tempo abanando o vento.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dinâmica de grupo

Dinâmica e Grupo- reflexões importantes para os gerentes, os executivos das organizações públicas e ou privadas.As empresas deveriam dar mais ênfase as vivencias grupais, experiência com jogos cooperativos. Com certeza administrariam melhor os conflitos grupais, bem como a produção dos trabalhos em equipe. Convidar consultores na área de intervenção grupal, certamente que ajudaria a performance empresarial no cenário ds relações humanas. Buscar um clima organizacional e trabalho coletivo, diminuindo a competição  interna e focar na competição externa, penso que poderia ser um percurso inteligente.

O dia chuvoso


Regina
Hoje o dia está chuvoso. Um ventinho gostoso adentra a janela do meu quarto  e me joga na areia fina da praia de minhas divagações serenas. Enquanto escrevo e deixo mensagens amigas no face escuto musica para criar o clima perfeito  para se escrever. Sensibilidade, romance, amores, aprender a vida passam por minha cabeça enquanto teclo. O barulho do vento me enternece e sinto o cheirinho gostoso de terra molhada. Ufa! Passou aquele calor infernal. Pelo menos isso! As palavras saltam de meus dedos aflitos para escrever alguma coisa e as rego com carinho na perspectiva de tocar corações. Gosto da vida, do encantamento pelas coisas simples. Passeio e reencontro pessoas muito queridas. Uma das grande vantagens de sermos humanos é imaginar e criar fantasias doces. Ao mesmo tempo, quando eu leio as mensagens no Face, me delicio com algumas e curto. Meu   Deus e quando a tecnologia nos tragar de vez? O que fazer? Certamente encontraremos saídas para nossos devaneios e nossos abraços amigos. Vale a pena tocar, acariciar, colher rosas, beijar. transgredir regras toscas, evitar gestos e pensamentos bizarros e colher estrelas e quimeras! Sonhar enfim

domingo, 13 de novembro de 2011

Um trabalho prazeroso





Meus amigos. O dia está quente e estou esperando entrar em sala de aula. Mais um dia de aprendizagem. A cada aula aprendo mais com meus queridos alunos e analisando minha prática docente.Este cotidiano prazeroso me desperta sentimentos positivos e procuro na circunstancia do hoje, ser melhor. Aprendo a ouvir, a tolerar, a ter paciência, lidar com conflitos, a estudar, pesquisar, a dialogar, a querer bem, a criar vínculos e, sobretudo a viver intensamente cada momento de minha vida profissional. Isso é uma dádiva: fazer do seu trabalho, sua realização! Vale a penas viver densamente nossas emoções. As vezes nos parecem tão simples !Mas tem uma profundidade humana essencial.

Dinâmica de grupo



Li hoje sobre depoimentos acerca da Dinâmica de Grupo. Fico ainda hoje, impressionada com a concepção equivocada das pessoas. Talvez não gostem das baboseiras que são realizadas em nome desta ciência. O desconhecimento sobre os fundamentos de Dinâmica de Grupo deixam o senso comum dominar as mentes dos desavisados. Quem não gosta de se relacionar com o outro? Como você enxerga a validação com quem você convive? Como perceber a comunicação analógica que expressa à subjetividade do amigo (a), do companheiro (a)?Quem não vive em grupo? Na família, na universidade, no lazer, no trabalho? Viver em grupo é inevitável em nossas vidas. É preciso ter cuidado para não invadir a intimidade do outro. Terapia é para psicólogos em seus consultórios
Como professora dessa área, tenho aprendido e me surpreendido com as pessoas: a generosidade, a ética, a solidariedade, a emoção, a inventividade e o prazer em fazer coisas juntas. Concordo quando se afirma: abraçar o outro só tem significado se ambos quiserem; olhar nos olhos dos outros só faz sentido se ambos desejarem viver a experiência. Falar de seus sonhos e de projetos só tem valor se o grupo compartilhar de forma verdadeira. O lúdico, o brincar juntos não é privilégio infantil, os adultos têm o riso solto, e gostam de dar boas gargalhadas, gostam estar juntos em torno da mesa do bar, da ceia de natal, das festas, enfim. A gente também precisa estudar sobre como viver em grupo, isso não se aprende por acaso. A Dinâmica de grupo, através de jogos e vivências, exercícios bem programados sem cair no tecnicismo inócuo, nos agrega, nos instiga e nos faz pensar sobre a subjetividade, tema de artigos científicos. Além de analisar filmes, estudar textos e refletir sobre o processo grupal.
Compreender o outro é uma das atitudes que nos acompanha pela vida a fora e, sem sabermos, dançamos juntos as experiências da existência humana em sua efemeridade, sonhamos juntos nossos projetos científicos. Portanto, o preconceito nos empobrece nos impede de ver outras verdades e enruga nossa alma e, mais ainda, enrijece os nossos corações. Paciência amigos! Há lugar para todos, há trabalho para os desejosos de fazer a diferença.

Reflexão

Como não sentir as ondas fugazes do tempo que passa e nem conseguimos perceber? São movimentos velozes e nos deixam perplexos! Ouvir o vento uivando na janela semi-aberta do quarto! Perceber as folhagens irrequietas enroscando-se nos jarros da varanda bem cuidada. Sentada, olhando a singular circunstancia ela presencia o momento fascinante e inebriada pela irreverência da natureza, queda-se diante de sua majestade. Pura beleza!

Diferenças


Nas diferenças que nos faz diferente. Nas fraturas relacionais, no desbotado vestido cinzento , no terno surrado do amigo presente, na amizade esgarçada pela ausência, na inveja entre os homens de boa fé, nos projetos inacabados dos desiludidos. Bem nem sei bem o que hoje me leva a escrever ... Mas sempre arrisco. Faz parte

Sonho








Nos meus sonhos possíveis. Como vou fazer para alcançá-los quando eles tentam fugir das minhas mãos! Seguro firme nas rédeas da esperança que não me permitem desistir. Quanta serenidade encontro ao compreender o significado do tempo na maturidade! Um momento de reflexão. Precioso. Assim, não me deixo abater, luto corajosamente para que minhas utopias permaneçam vivas em meu coração exultante. Ainda tenho que resistir as tentações de uma sociedade que me envolve e se nutre de meus desejos consumistas. Como fazer para não perder de vista os sentimentos e valores essenciais ? A amizade, a compreensão, o acolhimento, a solidariedade, o amor verdadeiro.

Espera













Na minha espera
Vejo o tempo em mil facetas.
Ornamentada pelos meus cabelos de rosas ainda sinto o seu perfume
Quanto amor nos uniu!
Quanta desconfiança vil nos apartou
Mil sentimentos afloram minha mente cansada da vã espera
E minha alma treme em saber que posso resgatar a vida.
Na trilha dos apaixonados meu corpo ilumina-se
Abrem-se os caminhos para o êxtase dos amantes. 
Ouvi alguém cantando!
Seriam as sereias com a melodia do inefável?
Deixo-me envolver pelo canto fascinante.
Deparo-me com meus sonhos inquietos
Compreendo, mas já é tarde
O meu hoje é sem você.
Éramos felizes e nem sabíamos!

Regina Barros Leal

Um dia


Um dia.....

Retirava do armário vestidos, sais, blusas, os mais variados, e nada dava certo. Sentia-se muito desajeitada. Os braços enormes e o rosto mais largo, o corpo desengonçado. Que horror!. Não podia ser assertiva naquele momento de dúvida. Seu interior sangrava do medo incompreensível. Amanhecera com aquela sensação do absurdo. Não via a garota alegre, jeitosa, bonita até. Não entendia 
a razão de tal ruptura. O que fazer?
Mil vezes a depressão a rondava! O sentimento de desconforto assola o seu peito ofegante e não sabe o que é. Sentada no banco de madeira envelhecida, diante do espelho oval dado por sua mãe. Que Deus a tenha! O pranto não se contém. Eram como nuvens negras acenando uma tempestade. O céu escurece e a tristeza chega de uma forma mais robusta. Mas tudo passa! Ainda bem! A fé se achega e afasta os infelizes pensamentos. Tudo é provisório! Até a gargalhada estrondosa dos que não compreendem a dor implícita. Seriam indiferentes ? 

Regina Barros Leal

Quem sou eu

Minha foto
Fortaleza, Ce, Brazil
Sou uma jovem senhora que gosta de olhar o mundo de um jeito diferente, buscando encontrar o indecifrável, o indescritível, o inusitado, bem como as coisas simples e belas da vida.