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Revista Iberoamericana de Educación (ISSN: 1681-5653)
MEMÓRIAS RESSIGNIFICADAS: SABER FAZER O DIFERENTE
NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
Regina Lúcia Barros Leal da Silveira
Núcleo de Pesquisa do Centro de Ciências Humanas da Universidade de Fortaleza- UNIFOR
OBJETIVO
Conhecer as experiências do sujeitos envolvidos no processo grupal a partir do registro sobre suas
vivências na perspectiva de redimensionar a prática com grupos, em contextos singulares.
OBJETIVO ESPECIFICOS
Compreender os significados atribuídos pelos sujeitos envolvidos nas vivências grupais;
Ressignificar as práticas de grupo refletindo sobre sua importância e significado a partir do olhar dos
sujeitos envolvidos
PROBLEMA
Desenvolver uma metodologia dinâmica, criativa, interativa e integrativa que possibilite a reflexão, a
construção do conhecimento, exige do educador a formação de atitudes de abertura para novo.
Ousar no espaço da sala de aula é entendê- la como um cenário propicio a descoberta, gestando
atitudes de entusiasmo pelo ineditismo de cenas pedagógicas.
Como fazer a diferença no cotidiano da sala de aula? Como aventurar-se pedagogicamente sem
perder de vista os rumos educativos? Como encontrar atalhos pedagógicos que permitam aos alunos o
encontro com o conhecimento na perspectiva de sua construção e com as pessoas como sujeitos culturais,
históricos e singulares? Como superar a rotina didática de dar aulas dinamizando o processo de ensino?
Que estratégias poderiam nos favorecer à criatividade, o encontro com o outro, a aprendizagem de novos
conceitos, a reflexão sobre aspectos teóricos sem cair na repetição enfadonha e livresca e na cobrança
inócua ( em alguns vezes, obviamente) de provas e exames?
Mas porque a dinâmica grupal? Qual o seu significado no trabalho com grupo?
São dinâmicas grupais: jogos, técnicas didáticas, vivências, exercícios relacionais que dinamizam o
grupo para o desenvolvimento de suas potencialidades e o alcance dos seus objetivos.
Buscando investigar sobre tais questões resolvemos aprofundar estudo na área, tendo como
elementos fundantes da investigação ,os registros dos alunos- o memorial- recortes de memórias de
situações vivenciadas no processo grupal durante as aulas.
Barros Leal da Silveira, R. L.: Memórias ressignificadas…
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METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada na Universidade de Fortaleza no período de 1994 a 1999. e em outros
locais onde a pesquisadora atua como professora e facilitadora de grupo. O estudo procurou investigar o
significado das interações humanas atribuídas pelas pessoas ao interagirem entre si, num contexto
direcionado por um facilitador de grupo.
Metodologia qualitativa, com base num estudo fenomenlógico, uma vez que os participantes dos
grupos pesquisados relatam o significado das suas experiências em dinâmicas grupais. Os registros se
baseiam na memórias dos acontecimentos vividos e seus significados, a subjetividade dos sujeitos e suas
percepções.
O instrumento utilizado foi o memorial- nome dado aos registros dos participantes entregues ao
final de cada etapa de trabalho. O objetivo foi o de a partir dos relatos, ressignificar e redimensionar a
pratica educativa desenvolvida pelo facilitador de grupo no desenvolvimento de dinâmicas grupais.
A metodologia de trabalho com grupos foi baseada, predominantemente no psicodrama
pedagógico, que tem sua origem no método psicodramático criado por Jacob Levi Moreno- criador do
Teatro Espontâneo , além de exercícios e vivências de outras abordagens com grupos. A análise dos dados
foi acontecendo em processo, ou seja, durante 6 anos e ao final os registros foram agrupados em
categorias para compreensão de significados similares diante das experiências vividas pelos participantes.
A bordagem fenomenlógica escolhida foi a do indivíduo no grupo para a compreensão do
processo grupal. A análise dos registros dos sujeitos envolvidos nas experiências vividas podem contribuir
para ressignificar o trabalho do professor e/ou facilitador de grupos. Como resultado final do trabalho a
pesquisadora publicou o livro intitulado Memorial em Dinâmica de Grupo- saber fazer o diferente em
sala de aula na perspectiva de colaborar com aqueles que desenvolvem, de alguma forma trabalhos com
grupos, quer na universidade, quer em outros cenários educativos.
RESULTADOS DA PESQUISA
Agrupamos os registros dos memoriais em categorias de análise para buscarmos interpretar os dados
para que pudéssemos apreender os significados percebidos pelos sujeitos envolvidos no processo.
Para compor o presente relatório de pesquisa escolhemos alguns dos registros.
Registros que expressam a percepção de si e do outro
Aprendi muito com Dinâmica de Grupo. Principalmente a falar com mais desenvoltura. Isto foi
surpreendente. ( grifo nosso) ( Ana, UNIFOR .94)
Foi bem melhor meu comportamento em relação ao dia anterior, me senti mais à vontade, não
temia ser preciso falar, ao contrário, quando a professora solicitava voluntários eu de imediato me
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apresentava, não tinha mais receio de expor meu ponto de vista, importante ou sem importância, o que eu
dizia para mim era válido, Foi mais legal( Leticia- CENEC. 95)
Observamos que trabalhar com o corpo é significativo para os jovens, principalmente porque vivem
numa sociedade que deificam um tipo de beleza. Nessas ocasiões aproveitamos para discutir aos valores e
os modelos de beleza, as representações sociais e sobretudo a consciência corporal inserida num contexto
mais amplo.
Uma das análises freqüentes nas aulas de Dinâmica de Grupo é sobre a participação dos alunos os
alunos em jogos. No inicio estão Eles estão sempre se justificando. Entendo que dizem: brincar é coisa de
criança. Percebi o engessamento de pessoas, atitudes de censura pessoal com relação aos momentos de
ludicidade. Nessa ocasião discuto a questão dos modelos sociais, da sociedade do consumo, dos aspectos
relacionados à alegria comprada pelas drogas, pelos abadás, pelas festas fabricadas. Reflito sobre a
importância da espontaneidade, da criticidade , das escolhas realizadas e da necessidade de estarmos
atentos a nossa inserção social como sujeitos de classe.
A timidez está quase sempre presente, em todas as turmas. É impressionante como eles tem
revelado dificuldades em falar em público e em fazer amigos em sala de aula. Eles se queixam bastante
da ausência de integração nas turmas, da despreocupação da maioria dos professores quanto a esse
aspecto do relacionamento entre os colegas. Fiz um levantamento de alguns registros , com relação a
essa problemática e constatei mais de 80% dos alunos revelando tais dificuldades.
Constatamos, ao longo de nossa leitura dos memoriais que há registros que demonstram
sentimentos os mais variados e singulares. Expressões de encantos, medos e, sobretudo de
reconhecimento da importância de estar com o grupo, de se conhecer, de aprofundar sua travessia pessoal
em busca de si mesma. Refiro-mo aos especiais momentos em que os alunos me demonstravam o prazer
de participar das aulas e de aprender a pensar sobre si mesmo.
Escrever o memorial , para cada um deles representava um fazer um trabalho acadêmico especial.
A prática de leitura desse material me fez retomar processos e a ressignificar algumas dinâmicas
desenvolvidas durante os cursos.
Registros que revelam as descobertas, os insigths, a criatividade, sensibilidade, a abertura ao novo
Gosto de fazer conexões daquilo que estou aprendendo hoje com que aprendi no passado. Essa
forma de estabelecer links( grifo nosso) me situa melhor no tempo e no espaço.
A medida que o tempo passa mais tomo conhecimento de minha estranheza” e me sinto entrar em
contato com uma realidade de LONGE DESTE LOUCO E INSENTATO MUNDO “( filme da década de 60) (
Márcio, UNIFOR, 99)
Tem-nos causado ainda muitas surpresas as revelações dos alunos. Mergulhada na poesia
encontrada nos registros de alguns, me encanto e me esqueço da formalidade acadêmica e assim vou
enveredando pelo caminho da descoberta do outro e da beleza da vida, da poesia, da criatividade e da arte.
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Gostei muito de conversar com meu colega de trabalho. Há anos trabalhamos no mesmo setor
e eu não tinha oportunidade de conversar sobre nós mesmo. ( grifo nosso) Foi Legal ( Judi COELCE
)
Alguns participantes expressavam o distanciamento no trabalho. Referem, quase sempre, que as
organizações se preocupam com a eficiência e eficácia do atendimento, com a qualidade do produto e
assim por diante. Enfatizam que as relações entre pessoas e grupos são frágeis por conta da
competitividade e pelas questões inerentes ao modelo capital-trabalho.
fiquei encantada logo nos primeiros dias de aula com os métodos utilizados em sala para que
acontecesse a integração do grupo. Aprendi a importância das relações grupais, de modo a enxergar o
outro como um ser humano complexo e cheio de características distintas. Aprendi que a essência das
relações deve constituir uma integração das diferenças em busca do conhecimento e crescimento individual
e grupal. Com a vivência percebi a integração do grupo de forma cada vez mais intensa. Aprendi a relaxar
dentro do grupo, conduzir, me deixar levar, agir espontaneamente e refletir sobre tudo isso, levando em
conta as sensações que me foram despertadas e que me fez despertar.(Sarita-1999/unifor)
Para mim foi inédito assistir uma dinâmica do tipo sociodrama. Foi oportuno presenciar a reação do
ser humano, por trás de uma personagem, ver como a mascara cai, as pessoas se percebem, o seu eu
mostra-se real através de uma vivência desta natureza. Gostei da análise do grupo ( Canãa-1996/unifor )
Foi maravilhoso! Nunca temos muito tempo e as vezes nem coragem o bastante, ou ate mesmo
humildade em falar para alguém o quanto ela e especial, ou alguma qualidade que é percebida nela. E
acho que esta dinâmica nos permitiu isso, unir ainda mais a amizade que brotou em cada um dentro desta
sala. Esta foi, em minha opinião, a dinâmica que mais me encantou, eu me emocionei muito, foi algo que
marcou demais em mim, algo inexplicável ( Lessie-1997/unifor)
A emoção se revela em vivências de sensibilização, criatividade, jogos dramáticos que possibilitem
as revelações, as descobertas de si e do outros. É interessante constatar a importância de trabalhar com
jogos que proporcionem a vivência do encontro, da integração, grupal. O importante para um profissional de
grupo é ter consciência de seus limites profissionais e dos riscos presentes no processo grupal.
No inicio foi muito difícil encarar um grupo tão heterogêneo e realizar as vivências com estas
pessoas que eu nunca tinha visto, salvo dois alunos que eu já conhecia. O bloqueio em relação a esta
convivência mais próxima com os colegas foi implantado pela própria universidade, que através do seu
sistema semestral não permite que haja um vinculo maior entre as pessoas. Você acaba se acomodando
com a situação e não percebe que o tempo passa e você não conhece. As vezes não sabe nem o nome de
pessoas que dividiram a mesma sala com você. E eu me dei conta disso agora, no quarto ano do meu
curso. Com quantas pessoas eu já estudei e não sei sequer o nome? (Angel 1999/unifor)
As vivências me possibilitaram criar respostas espontâneas, desinibicão, integração, sensibilização
e uma reflexão de que realmente somos num grupo. Passei a aceitar melhor e ver de forma mais o meu
papel em toda extensão humana. Me desarmei para ouvir, sentir e enxergar a mim e aos outros. Percebi
através dos sentimentos a leveza de ser grupo apesar de existir tanta individualidade. ( Reni- 1999 /unifor )
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As descobertas e revelações dos alunos foram primorosas para a minha aprendizagem como
facilitadora. A cada descoberta e revelação a certeza de que vale a pena. O entusiasmo, a alegria incontida
de alguns, os abraços afetuosos, os gestos de ternura e agradecimento quando descobriam os momentos
mágicos das revelações de aprendizagem, sempre se constituíram material de avaliação de minha prática.
Em alguns momentos, alunos expressavam estar atentos aos meus mais sutis gestos e mostravam que
entendiam e aceitavam minhas falhas humanas, dito de outra maneira, compreendiam minha humanidade
.Pérolas de encontros!
Percebemos que a dinâmica de grupo está presente auxiliando as diversas áreas do conhecimento
humano, tais como: a sociologia, a psicologia, a pedagogia(tratando dos grupos de aprendizagem), a
administração, a economia, etc... ( Jacques- 1999/unifor )
Vejo todas as vivências como sendo imperativas para a caminhada do grupo. Percebo a
diminuição das resistências das pessoas no que diz respeito a participação a já há laços significativos de
amizade e solidariedade. ( Júles 1999/unifor )
A Dinâmica de grupo aplica técnicas que incluem o desempenho de papeis, as discussões em
grupo, a observação e o feedback de processos coletivos, é a partir daí que passamos a ter um
reconhecimento maior do novo potencial e das nossas dificuldades. Passamos a compreender conceitos
antes considerados abstratos, resgatamos o lúdico e também o potencial criativo e a descoberta de
possibilidades não consideradas anteriormente. (Lenice 97. Unifor )
No momento em que trocamos de posição e passamos a ser o Grupo de Verbalização fiquei
bastante ansiosa para expor minhas observações, visto que me incomodou perceber o quanto nós
professores não temos uma boa formação e sempre procuramos justificar nossas falhas buscando no outro
as razões das mesmas...( Lulu 1999. UVA- SENAT)
Tudo o que foi produzido me trouxe o real sentido da importância da dinâmica e do teatro na escola,
e ainda podemos trazer os pais para participarem desse processo através da dramatização com os
professores (Senira. UVA 99)
.. no encontro seguinte cheguei cedo e encontrei a sala transformada em um cinema. Que delicia de
luz apagada, viver esta mágica... A Central do Brasil me traz a simplicidade de um povo, a religiosidade a fé,
a crença, o pau de arara, as procissões, os milagres. Viajei para minha terra natal, para minha história de
vida e passei a ver um filme que só eu tinha acesso à tela, pois era interior. UNIFOR, 1999)
Percebi o trajeto já percorrido, propiciador de aquisição e reformulação de conceitos teóricos e
vivenciais, para ser desenvolvido na prática profissional junto á escola e a empresa. ( Laury, 99, UNIFOR)
Criar e recriar, fazer diferente. Inovar, buscar coisas ousadas para um ambiente grupal tende a ser
energizador. Apesar de normalmente existir medo e a resistência em relação ao diferente, se estimulada de
forma progressiva e adequada à realidade do grupo, a CRIATIVIDADE, se configura como um estimulante
poderoso para expressão de potenciais latentes em pessoas e grupos.( Nice, UNIFOR,1999)
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Que idéia genial mergulhar no universo mágico da infância para amolecer couraças enrijecidas pelo
contexto social, pela forma de viver, e fortalecidas pelas funções de tantos papéis que assumimos... Viva
Monteiro Lobato, Clarice Lipespector, Fernando Pessoa e tantos outros! E viva a possibilidade que nos é
dada através da literatura, da redescoberta de emoções, sentimentos e lembranças puras e sinceras, de
nos encontrarmos com a nossa própria essência e de avaliarmos, e até mudarmos nossos companheiros. (
Nice UNIFOR 1999)
Encontrei nesse aprendizado o avanço teórico e vivencial que buscava para atuar como facilitador
de grupo em formação. O curso de Dinâmicas Grupais não está sendo apenas uma oportunidade de
aperfeiçoamento na área, mas, um marco na minha especialização profissional ( Vivi 99 UNIFOR)
Durante as inúmeras experiências compartilhadas ao longo da disciplina Dialética da Comunicação
Humana nas Vivências Grupais muitas lições significativas eclodiram em momentos memoráveis onde os
alunos tornaram-se espectadores e atores de um edificante espetáculo pedagógico, nutrido e permeado por
uma imensa troca de experiência. ( Dino, UNIFOR, 1999 )
Chegou o último dia. No cronograma tinha dinâmica grupal- síntese. Atendendo a uma solicitação
da professora, o grupo chegou nesse dia carregado de “, matulão” era bolsa, vestido, chapéu, cintos,
sapatos, máscaras perucas,. . . e como num passe de mágica viramos Emília, fadas, Sininho, Rim tin tim,
princesas, Maria Baú, caipira. . . e vivemos como diz Flávio Paiva UMA FÁBULA SEM MORAL, uma (...)
soterrai sem “e” sem “h, mas uma história de gente que faz história interagindo com gente e por isso é uma
história sem fim.( Taty, UNIFOR.1999)
Lendo os registros damos conta da importância de fazer a diferença em sala de aula. Percebemos
que podemos desenvolver atividades em várias situações didáticas.. Foi a partir de então, lá pelos anos de
1997 que resolvemos marcar a presença das dinâmicas grupais em outras disciplinas da graduação , da
pós- graduação e em cursos especiais. Desenvolver o trabalho com as dinâmicas grupais a partir da
leitura do grupo, passaram a fazer parte do meu cenário didático-pedagógico. Nos cursos de pós-
graduação. graduação, nas diferentes disciplinas optei por um caminho metodológico que respeitava o ritmo
e características do grupo. Aprendi a fazer a leitura grupal e assim aperfeiçoei minha pratica pedagógica. Os
alunos me ensinavam com as suas dúvidas, os seus comentários, os registros e suas posturas
individuais, seus descensos e consensos. A cada aula, uma avaliação do processo através da cotidiana
pergunta. Como vocês estão?, revelava uma preocupação com o clima grupal, suas possibilidades e como
fazer a intervenção nessa realidade. O memorial passou a seu um instrumento permanente de avaliação da
minha prática docente.
Registros reveladores da compreensão do processo grupal
No inicio a timidez foi o caminho natural. Território novo, rostos desconhecidos, expressões
indecifráveis, olhares vigiados, mãos atentas, neurônios a “mil”... como tudo que é desconhecido causa
medo, ficamos reticentes em nossas atitudes. Acredito firmemente que nada acontece por acaso, a magia
do encontro vai se instaurando celeremente, e sem que nos percebêssemos, a vontade do dia seguinte
chegar cada vez mais breve aconteceu. A dinâmica aliou-se a química e cá estamos nós, umbilicados por
esta experiência fantástica que é a descoberta do SER HUMANO... Enfim o que mais profundamente me
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tocou foi a constatação de estarmos todos aqui, movidos por um mesmo ideal: o de verticalmente
crescermos ... ( Merry. Prof./ UNIFOR- 1994)
Neste dia foi ótimo! Finalmente começamos a falar da interação professor e alunos. Então a
professora solicitou que um aluno fosse o professor ( simbolicamente) e ficasse na frente e o resto da turma
ia até ela ( que estava no papel de professor) e demonstrasse fora, predominantemente a relação com os
professores. A maioria apresentou distancia. Depois fizemos como gostaríamos que fosse o contato e a
maioria demonstrou a união.(Franci.1996.UNIFOR)
A dinâmica de hoje fez com que nos percebermos que ainda não somos realmente um grupo, temos
que criar laços.. nos conhecermos ( Carla UNIFOR-1997)
No inicio da aula foi feito um psicodrama que é uma atividade trabalhada com dramatização. Um
grupo de oito pessoas, no centro da sala fazia a dramatização da organização de uma festa de formatura. A
organizadora do evento, sentia grande dificuldade para lidar com tantas opiniões diferentes Na
dramatização, pode-se notar, a desconfiança, a falta de amizade e arrogância, existente entre as pessoas,
quando se trata de dinheiro
Foi muito educativo o psicodrama e nos trouxe muito a realidade do nosso dia-adia.(
Carmela.97/unifor)
Acho que a mensagem da aula de hoje mexeu com muita gente. Ela nos fazia refletir a respeito de
grupos fechados ( grifo nosso) que são aquelas panelinhas encontradas na família, trabalho e
principalmente ambiente escolar. Nos fez analisar o quanto é prejudicial para o nosso enriquecimento
pessoal e profissional, pois não se dá oportunidade de novas pessoas se aproximarem e nem sair de
grupos fechados, e como todos nos sabemos o quanto é necessário convivermos com outras pessoas para
o nosso enriquecimento espiritual, profissional, etc... , esse tipo de atitude nos prejudica e muito.( Lenita, 98,
UNIFOR)
Tivemos a chance em sala de aula de refletir com os alunos a situação dos trabalhos em equipe.
Refletia com eles ao cenário acadêmico que descreviam: grupos fechados, equipes dos excelentes, salas
de aulas impessoais, distanciamento em classe, fragilidade na relação aluno-aluno; aluno professor.
Resgatava a história dos movimentos estudantis, do tempo em que as universidades fortaleciam vínculos.
Contava a minha e estória. Sempre gostei de contar a estória do tempo de universidade. Assim passávamos
o tempo refletindo sobre o silêncio geracional após ditadura militar
A dinâmica que mostrou como chegar-se ao grupo, o que fazer para pertencer ao grupo, e como o
grupo comporta-se com os novos pretendentes e novos componentes. Esta dinâmica, faz-nos refletir sobre
nosso comportamento, enquanto grupo. Levando a conscientização, para que sejamos mais receptivos,
diante de novos componentes não conhecidos ( Minye 1995/unifor)
Percebi que cada grupo, tinha para cada problema, soluções boas e criativas e foi muito boa a
dinâmica por despertar a nossa reflexão. Percebi também que os debates esquentaram mais, quando o
LIno começou a provocar a Lili impondo-lhe dificuldade em suas soluções. Eu achei que a dinâmica
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despertou a nossa forma de pensar, de criticar, mas também achei meio parada e rápida.(Veriana-
1996/unifor)
As vivências me possibilitaram criar respostas espontâneas, desinibicão, integração, sensibilização
e uma reflexão de quem realmente somos num grupo, passei a aceitar melhor e ver de forma mais o meu
papel em toda extensão humana. Me desarmei para ouvir, sentir e enxergar a mim e aos outro s. Percebi
através dos sentimentos a leveza de ser grupo apesar de existir tanta individualidade. ( Gê- 1999 /Unifor )
Vejo todas as vivências como sendo imperativas para a caminhada do grupo. Percebo a diminuição
das resistências das pessoas no que diz respeito à participação a já há laços significativos de amizade e
solidariedade. ( Pepe, 99/unifor )
É interessante observar como cada indivíduo reage de uma maneira muito própria a estímulos de
integração em grupo. Há aquelas pessoas que são mais extrovertidas e que possuem uma facilidade maior
de interagir que outras. Assim apesar de ter desempenhado um papel bem característico de um observador,
acrescentei novos conhecimentos com essa disciplina e acho que tem sido uma experiência muito
interessante e de grande valia para todos. ( Mani 96,Unifor
Esta disciplina se baseia nas relações de pessoas do mesmo grupo e de grupos diferentes, com
essa convivência entre grupos diferentes é possível verificar ate aonde vão os limites de pessoa e os seus
próprios limites. Esta disciplina nos ensina a vencer a nossa timidez e os nossos medos.
A disciplina de Dinâmica de Grupo me ensinou e continua ensinando muitos conceitos de como
viver em grupo sem invadir o espaço do outro, a vencer a minha timidez e me conhecer cada vez mais e
melhor. ( Beli 97 /unifor )
Durante todas as atividades propostas em sala de aula tenho participado e me interessado. Pois,
por mais que muitas vezes eu fiquei quieta diante o grande grupo, busco prestar atenção no que é discutido,
na forma e no que e colocado pelos colegas. Sinto que tenho mais facilidade para dar minha opinião ou
exemplificar o que esta sendo trabalhado, quando a turma esta dividida em grupos menores. Porém, após
cada aula, cada contato com os colegas, cada vivência, vamos nos integrando mais, nos conhecendo mais
e tendo liberdade para cada vez mais sermos nos mesmos e nos mostrarmos por inteiro, contando nossas
vivências, expondo nossas opiniões e escutando o outro. ( Naia, 97 Unifor )
Trabalho em grupo não significa rigidez, na verdade tem que existir socialização. A imagem( grifo
nosso) mostrada na sala foi rigidez, o grupo não permitia que ninguém entrasse e saísse, o grupo se fechou
para fora e para dentro, o que quer entrar se sente rejeitado, e o que quer sair, sufocado. Essa aula nos fez
refletir sobre nos mesmos!!! ( Dárcio. 97/unifor )
Interessante foi uma simulação proporcionada pela professora... uma reunião do corpo docente
onde se discutia as ausências dos pais nas reuniões, as tarefas de casa, enfim os tópicos trabalhados no
cotidiano de nossas reuniões. A professora nos guiava, ora invertendo papeis... foi válido.. nos deixou claro
as atitudes, posturas, conversações no desenrolar de uma reunião, (Jussiê UVA 1999)
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Através dos processos elaborados pelas dinâmicas grupais, podemos sentir que os conflitos surgem
em todos os grupos, sendo por meio do autoritarismo, violência , falta de interesse, etc. A solução dos
mesmos está intrínseca ao grupo. Houve muita participação do grupão, promovendo debate e reflexão
sobre o tema. ( Nina UNIFOR 1999) UNIFOR))
Daí a importância de se a trabalhar com grupos, da dimensão axiológica. Pois trabalhar com grupos
implica em trabalhar valores, atitudes; o trabalho com grupos é um processo educativo, uma prática social.
E são os valores, a nossa visão de homem e de mundo que irão nortear nossa prática ( Licia 1999/ Pós-
graduação)
Após esse momento de esclarecimento e planejamento construirmos uma grande árvore, a árvore
do conhecimento de nós mesmos e partilhando com os outros, formando a copa, tipo “mago, princesa,
sereia, pássaros, flores sorrisos. Liberdade. . . e imensos castelos de areia. Novamente a roda de
solidariedade fez com que cada um se sentisse pertencente ao grupo. ( Tati. UNIFOR 1999)
Desenvolver atividades que proporcionem o conhecimento grupal, a formação do sentimento de
pertença grupal é gratificante. Trabalhar as relações entre os alunos é uma das primeiras tarefas do
educador.
A dinâmica junto ao livro infantil que nós fizemos foi bastante interessante , apesar de não ter
escolhido o livro de estória que eu gostaria, mas a apresentação dos grupos na hora do painel me fez
entender que podemos juntos como adultos trabalhar com o livro infantil, e me deu a idéia de trabalhar com
os meus alunos universitários .( Sil, UNIFOR 1999)
Realizamos um exercício de desinibicão e criatividade, que em minha opinião integrou ainda mais o
grupo e nos proporcionou um momento agradável onde podemos demostrar nossa criatividade e
descontração, que são pontos essenciais à durabilidade de um grupo, além de abrir portas a integrantes
mais introvertidos e tímidos, de interagirem cada vez mais, tornando-os mais participantes. (Tony 98 /Unifor)
Ao ler os registros fui acompanhando o processo de leitura do grupo feito por alunos. A constatação
do significado no grupo, pelos alunos ia crescendo na medida em que compartilhávamos o processo de
ensino aprendizagem, as atividades criativas e de integração grupal.
Um dos os comentários mais interessantes feito pelos alunos era o de destacar que nessa disciplina
tinham oportunidade de desenvolver atividades grupais e formar os vínculos. Trocavam bilhetes,
endereços, saíam juntos depois das aulas, comemoravam os términos de cursos com festas memoráveis:
nas residências de alunos, em restaurantes, na universidade, enfim, nos mais diversos locais, desde que
todos pudessem compartilhar o ritual de despedidas e ofertas.
O sentimento de construção de pertença grupal ia se revelando através de cartões, dos mais
diversos tamanhos e formatos, contendo oferendas amorosas, lembrancinhas, caixinhas de afeto e muitas
outras formas de amorosidade relacional
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Registros que revelam expectativas do grupo, interação e comunicação intergrupal
Primeiro dia de aula. Muitas expectativas! Será que a professora é legal ? E a turma ? Estava me
sentindo um peixinho fora d `água , pois não conhecia ninguém . Como não podia deixar de ser , a
apresentação , que é importante para a integração do grupo , foi super diferente .(Jéssica- 1996/UNIFOR)
Era o segundo dia de aula e achei tudo muito esquisito, pois só tinha eu e a Zizi da nossa turma. A
curiosidade era grande quanto à disciplina . De inicio foi aplicada um coro de vozes, achei genial, da até
para ser aplicada com meus alunos. Em seguida procuramos uma pessoa e conversamos com ela, e isso
para mim foi importante pois conheci outras pessoas maravilhosas.(Isis, 1997/unifor)
Na primeira aula dessa disciplina, fizemos uma dinâmica de apresentação da turma, todos se
identificando pelo nome, curso e quais os objetivos no decorrer do semestre, quanto à disciplina de
dinâmica de grupo.
No inicio realmente a turma se encontrava constrangida para realizar a atividade, enfim a gente não
se conhecia e na faculdade todos estão habituados a entrar na sala, assistir a aula e ir embora; é um tanto
diferente estar na sala para conhecer os outros alunos.
Foi um pouco estranho no começo, dizer quem eu sou, o que gosto e etc.; mas o primeiro contato
nos permitiu rotular cada um da turma, onde esses rótulos cairão ou não dependendo de cada um, eu
realmente não me exponho num primeiro contato enquanto outros sim, e para quem realmente e observador
até o tom de voz já diz muita coisa. ( Barbie, 96/unifor )
Primeiro a professor falou da interação professor aluno. Depois pediu que cada grupo construísse
uma imagem da sala de aula. Foi incrível como a maioria mostrou distancia com os professores.(
Celestre.1997.UNIFOR)
A comunicação entre professor e aluno apresentado nas imagens psicodramáticas,
predominantemente é de distanciamento. Os alunos reclamam o autoritarismo, a imponência intelectual, a
fragilidade do professor, ao afastamento. Refletíamos sobre a questão procurando buscar as causas:
sociais, educacionais, pessoais, administrativas e tantas outras que nos fazem compreender o fenômeno do
distanciamento ainda presente na relação professor aluno. Aliás uma relação basicamente humana.
Reconheci que o professor deve estimular os grupo a estabelecer regras de trabalho...interagir com
o aluno... ... e contribuir de forma positiva.( Pércia. UVA.1999)
Dramatizar facilita a comunicação, valoriza a comunicação não verbal e oportunizar a vivência do
processo de criação e interação com as pessoas... a música como forma de linguagem possibilita
transcender a “aqui e agora” estabelecendo relações entre as diferentes áreas da realidade da vida
cotidiana integrando-as e a elas dando sentido a situação. ( Leny- UNIFOR, 1999).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quanta sensibilidade registrada pelos alunos que compartilharam desses momentos. Suas
expectativas , a construção de um processo de comunicação dentro do grupo. A poesia e sensibilidade
espalhadas nas falas, e sobretudo nos narrativas do memorial. Lia e relia suas expectativas as dificuldades
na comunicação com os outros, seus bloqueios e, medos e fantasias. Ao lê- los estudávamos e
pesquisávamos a forma de facilitar o processo de superação de pequenos medos grupais. Procurávamos
criar situações lúdicas, interativas, não só através de dinâmicas grupais que possibilitassem a vivência da
alegria, da integração, mas sobretudo, construção de imagens psicodramáticas sobre grupos fechados,
distanciamento professor, alunos, desempenho de papeis .Jogos, exercícios didáticos, vivências de
sensibililização, relaxamento, diálogos, estudos de textos interessantes e situações do cotidiano, recheavam
nossos encontros.
Aprendemos que as expectativas em relação às pessoas e aos grupos são filtradas por
nossas experiências, que se instalam a nível do consciente ou do inconsciente, da transferência, da tele e
do encontro. Fui estudar os autores que poderiam responder tais questões. Nem todas foram respondidas,
mas fiquei com uma certeza acadêmica: as abordagens são diferentes e trazem contribuições
extremamente importantes. Cabe ao professor aprender a olhar o grupo de alunos como uma coletividade
e, também, sob outro ângulo, o do indivíduo no grupo, com suas indiosicrasias e assim construir com eles,
sujeitos do processo, o trajeto da sua aprendizagem
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Sou uma jovem senhora que gosta de olhar o mundo de um jeito diferente, buscando encontrar o indecifrável, o indescritível, o inusitado, bem como as coisas simples e belas da vida.