Turbilhão
Eu me procurava e não
encontrava a mulher aparente. Onde estarei se não vejo os rastros de minhas
pegadas? Mergulhada em águas embaçadas elevo meus braços em busca de salvação!
E quem eu sou? Não encontro nomes e nem codinomes para mil facetas que vivi. E
hoje, só ficaram as questões sem respostas, vestígios de passagens disformes,
densas e perturbadoras. Um movimento
interior me leva a pensamentos que parecem fios enroscados numa miragem louca! Não
me conheço e paradoxalmente me conheço em tantas respostas e nas mais
devastadoras perguntas. De repente tenho a sensação de penetrar um mundo de
claridades e fumaças que embaçam minha mente. Onde estou e para onde vou? E os
outros me alcançarão? Alço voos pela
dimensão do desconhecido e tenho medo de esbarrar nas minhas temerosas
memórias, são mais das vezes, ignotas, e nem sei se são criadas, se reais ou
ilusões passageiras. Nesse torvelinho de ideias, enlaçada por braços quentes
que me acaloram o corpo, acordo sobressaltada.
Ah! Sabe desistir de
vasculhar minhas memórias
Nenhum comentário:
Postar um comentário