Fluidez
Regina Barros Leal (OFICINA DE
POESIA)
E o vento alcançou
minha janela entreaberta
Então, meus
sonhos voaram, sem aprumo
Assim,
criando asas na imaginação, fui liberta e alcei voo
E, voejo solta
na amplidão inconteste, sem rumo
Lá, o que vi
me pôs em êxtase e plena de inocência
Senti um ar inefável, que me alçou ao infinito
Vi minha
alma foliando, incorpórea, replena, leve
E eu, pasma,
observei-a no espaço incógnito
Tentei
acordar, pois seria então um sonho?
Não abri os
olhos, o quarto era vazio e abissal
Só vi a luz
do firmamento, no meu olhar risonho
Acreditei na
imaginação, desdobrando-se bela inexprimível
Confiei no
mistério insondável do amor universal
Continuei essa
viagem, inebriante e sem vela, indizível
Vi tantas coisas!
Emoções! Enlacei minha alma
Ao anjo
brilhante sem cores! Afaguei suas mãos tão díspares.
Desenvolvi
um amor imponderável, belo e sem dizeres
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