Sem rumo certo
Regina Barros Leal
Vinha andando distraída consigo
mesma. DE quando em vez, envolvida em seus pensamentos perdia direção do rumo
certo. Surpreende-se com o lugar. Com certeza não era este o seu destino. Mas,
veio à tona uma vontade de conhecer o local, até então desconhecido. Parou o
carro. Olhou em volta e deu-se conta. Era um daqueles bairros desolados pelo
abandono. Pessoas perambulando. Chamou-lhe atenção uma velhinha simpática e
sorridente cantando uma bela musica. Rosa. Percebeu... Fazia tempo que não via uma
cadeira de balanço ocupada por alguém cantarolando, sobretudo na calçada. Parou extasiada diante da cena. Márcia
aquietou-se e ficou ouvir àquela senhora de cabelos brancos amarelados pelo mau
trato. Depois de certo tempo, alguém apareceu e fitou Márcia com um olhar assustado,
diante da cena: uma jovem senhora, bem vestida, de saltos altos, saia e blusa de
linho branco e com um perfume de rosas.
Diante da cena, algumas pessoas pararam e começou um vozerio. Foi quando
ela, a senhora que cantarolava viu Márcia e deu-lhe a mão pedindo ajuda para
levantar-se. Assim ela o fez. A velhinha entrou de mansinha na casa ao lado.
Findou o tempo.
Márcia saiu silenciosa.
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