Mulher!
Regina
Barros Leal
Eu senti um gosto de cereja em minha boca sedenta
Cortei as rosas brancas para fazer um buque
E me presenteei
Avermelharam-se com minhas lágrimas de amor
distribuído
Corri então pelos campos e varri a areia dos meus
olhos de esmeralda
Ardiam e não me deixavam ver o sol nutrindo a terra de
possibilidades.
Passei as mãos calejadas de luta pela liberdade na
tentativa de romper a escuridão
Nas frestas do espaço construído pelas ilusões, adentrei
nas bolhas de sonhos coloridos.
Encontrei minhas duvidas cortantes, minhas paixões
alucinantes, meu Eu, minha agitação.
Vi-me mulher! Combativa! Desiludida. Esperançosa.
Laçando esperanças na estrada e com a espada
dilacerava a terra em sulcos profundos
Forte e frágil, triangulo e quadrado, nada e plenitude.
Observei e sorri! Grande e pequena, meiga e cruel,
mas mulher.
Aí vi a diferença de nem sei o que!
Gostei e se eu pudesse nasceria de novo.
Com a alma diluída nos fluidos amorosos
A feminilidade umedecida de quimera, do complexo e do
real.
Mulher simplesmente mulher
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