Desconcertada
Regina Barros Leal
Retirou do guarda-roupa as blusas, os lenços coloridos...
De um por um, tentava vestir o corpo cansado
Reflexo incontestável, não deixava duvidas
Os braços enormes e o corpo mais largo.
Rosto redondo e as marcas do tempo
Desconcertou- se frente ao espelho
O humor desencantado revelava-se
Mas calou sua dor
O céu escureceu e a tristeza veio vestida de cinza
Melancólica, aceitou a circunstancia de aflição
Então, refletiu de imediato, tudo passa...
Há momentos de prazer, dizia para si mesma.
E vieram...
No outro dia
Sorriu com as borboletas coloridas
Olhou-se no espelho encantado
Nadou no rio da esperança
Cantou melodias de amor
Percebeu-se
E a beleza do tempo surgiu vigorosa
E o riso fácil abriu-se como pétalas de rosa
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