Abandono?
Regina Barros Leal
Não
sabe...
A
cada dia, horas… minutos...segundos...
Percebe
a distância de um caminho sem fim...
Tão
Longe de si !
Sofre!
Amargurada
diante da tristeza absurda! Incompreensível!
As
lágrimas surgem e não consegue detê-las.
Autocomiseração,
será?
Não
faz seu estilo, nem imagina seu rosto encrespado de dor
Gosta
do seu jeito de ser, da simplicidade, da sensibilidade
Apropriou-se
há tempos!
Lembranças
de um momento de afetos, de um trajeto sereno
Dos
turbulentos conflitos humanos.
Acontecem...
São os desejos consumidos, as perdas
esquecidas, as saudades corrompidas,
Constatação
da sociedade de consumo que consome até a ternura, o amor
Destrói
caminhos, enrijece as velhas mãos empastadas de creme...
Abate
as arvores do amor.
Derruba
as pontes de afetos
Mas
não desiste de percorrer o trajeto da ternura
Vive
a intensidade do agora
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