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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

 

ANÔNIMO

O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. (Guimarães Rosa)

                                      

Caminhava na multidão e, atônita, me senti um pedaço de qualquer coisa

Não tinha identidade, era mais um rosto anônimo na massa sem forma

O medo a assustava e seu corpo movia-se sem rumo, sem rota, nem direção

Eram bramidos de luta, de indignação, de raiva, faíscas de violência

Horas no perturbado afã, onde suas mãos abanavam o vento, sem zelo

Não sei quanto de loucura transviada

Só sei que me perdi na multidão

Custou uma eternidade para me encontrar

Pois nem olhava para dentro ... estava à margem    

Precisei demolir os muros da euforia insólita

Parei. Entendi...

Encontrei meu Eu em sintonia com as forças divinas

Serenei o coração

Saí da multidão e assim, refutei a solidão.

Mudei meu horizonte

 

 

Anotações - Poema escrito durante o isolamento social por conta da pandemia, numa noite em que o céu não tinha estrelas e, a saudade impregnava o quarto, grudando-se nas paredes.

 

 

 

ANTÍTESE                      

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Fortaleza, Ce, Brazil
Sou uma jovem senhora que gosta de olhar o mundo de um jeito diferente, buscando encontrar o indecifrável, o indescritível, o inusitado, bem como as coisas simples e belas da vida.