ANÔNIMO
O mais importante e
bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. (Guimarães Rosa)
Caminhava na multidão e,
atônita, me senti um pedaço de qualquer coisa
Não tinha identidade, era mais
um rosto anônimo na massa sem forma
O medo a assustava e seu corpo
movia-se sem rumo, sem rota, nem direção
Eram bramidos de luta, de
indignação, de raiva, faíscas de violência
Horas no perturbado afã, onde
suas mãos abanavam o vento, sem zelo
Não sei quanto de loucura
transviada
Só sei que me perdi na
multidão
Custou uma eternidade para me
encontrar
Pois nem olhava para dentro
... estava à margem
Precisei
demolir os muros da euforia insólita
Parei.
Entendi...
Encontrei
meu Eu em sintonia com as forças divinas
Serenei
o coração
Saí da
multidão e assim, refutei a solidão.
Mudei
meu horizonte
Anotações -
Poema escrito durante o isolamento social por conta da pandemia, numa noite em
que o céu não tinha estrelas e, a saudade impregnava o quarto, grudando-se nas
paredes.
ANTÍTESE
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