Efêmero momento
Olhavam-nos
subitamente confrontados pela realidade que se descortinava aos nossos olhos
inquietos. Doce instante! Inebriados pela onda de calor que nos acalentava e na
noite fria nos aconchegamos compartilhando a efêmera ocasião, tão efêmera que
noite adentro se desvanecera.
Assim sonhávamos e percorríamos os atalhos das
ilusões esquecidas retornando aos projetos venturosos. As nossas representações
imaginárias tornavam-se reais e se desnudavam em nossas incríveis fantasias.
Pudera, quem sabe? E se não acolhemos um tempo em que o significado perde-se na
sua própria história? Mesmo assim navegamos atônitos pela maré quente e morna
de nossas realizações. Mergulhando fundo
na crença de uma nova paixão fomos inteiros, um no outro, muito embora depois
nos despedaçássemos em desencontros cotidianos.
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