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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Discurso livro: FAGULHAS LITERÁRIAS

Discurso livro: FAGULHAS LITERÁRIAS                            

 

Caros amigos

         
             Às vezes a vida nos brinda com situações venturosas, repletas de carinho e alegria. Hoje é um desses dias.
     Durante anos cultivei a escrita em minha vida.  Na vivência de várias situações de nossa família, eu costumava escrever para meu marido e filhos, ao sentir culpa dor, entusiasmo, alegria, outras emoções. Sempre gostei da palavra, da narrativa. Escrevia cartas, bilhetes colocando-as em bolsas, pastas do colégio, debaixo de travesseiros, nas gavetas, em vários lugares. A minha vida misturou-se as falas ditas e não ditas, porque houve também muito silencio em diferentes momentos.

          Fagulhas Literárias começou a ser escrito há uns 6 anos. Nele, eu faço um caminho de volta. É, sobretudo, um livro de memórias, onde resgato emoções que se eternizaram na minha história. A capa do livro tem um significado bem particular. É o casarão onde morávamos, pegado ao Cine Atapu.  A casa onde nasci. Cenário de especiais acontecimentos.

           Escrevi o livro timidamente.  Aventurei-me a mostrar ao Arley, meu marido, meus primeiros relatos, redigidos nas madrugadas. Tempo de insônia. Ele gostou, e ao ler Desencontros e A Visita, me instigou para que eu continuasse. Dizia ele: Você é uma escritora, seja exigente, faça com esmero. De outro modo, os meus queridos filhos, Geovanna, Giordano e Arley. Manifestavam - Mãe está ótimo... Gostei muito.. É tocante... Que legal !!!

           Assim, iniciei meu trajeto literário, e a cada crônica, humildemente, além da família, escolhia alguém para ler um texto. Era agradável partilhar. Lembro-me de João Jorge, divertindo-se com A festa de casamento, dando boas gargalhadas no pátio da Unifor; Batista de Lima lendo os escritos com a paciência que lhe é característica - Você tem sensibilidade Regina, continue. Fez a gentileza de prefaciar o livro, citando em algum trecho 

          - Regina é detalhista e retém na mente, todos os contornos dos espaços que palmilhou um dia. Desses espaços, a casa é o mais vasculhado. A autora, que viu a sua casa de moradia da infância e da adolescência ser demolida pela especulação imobiliária, agora ergue aquela construção com todas as suas fundações, na arquitetura textual.
          Ana Julita, Karine, Jô, Rosendo, Angela Araújo, Lina De Gil, Célia, Grace, Núbia, José Bastos e outros parceiros dessa história Eles me estimulavam a continuar. Recordo-me do Oscar dizendo: – Gostei amiga, tem estética e conteúdo - referindo-se a crônica Desencontros.
 Rose, companheira do Encontro da Quartas, se entusiasmou com A estréia de Gabriela e aceitou fazer a revisão do livro.
 Quanta emoção de meus irmãos ao leram O Casarão. Especialmente o meu irmão César, a quem publicamente presto o meu reconhecimento, não só por ter me ajudado nas primeiras crônicas de Fagulhas Literárias, mas por ter, sobretudo revisado, com muito carinho, o livro Memorial em Dinâmica de Grupo. Horas roubadas de seu precioso tempo, ao meu lado, compartilhando a revisão. Instantes significativos de nossa história! Agradeço de coração.
Tatiana, minha sobrinha, filha de Amadeu, telefonou-me para expressar seu sentimento ao ler o Casarão - Tia eu amei, quase chorei de emoção. Meus irmãos: Vladimir, comovido dizia- Lindo Regina! Gostei da passagem: Meus irmãos, hoje parceiros da saudade. Amadeu- Minha irmã fiquei emocionado, revivi nosso tempo de criança. Cléa, Ricardo e a Heloísa que sempre me estimulou e a quem convidei especialmente para escrever a contra capa do livro.
  
 Fui percorrendo um trajeto particular. Temerosa, retirei então, os relatos pessoais, intimistas, na verdade, umas 30 crônicas.  Daí o livrou encurtou, afinou.... Mas era prudente fazê-lo. Essa seleção me fez escrever Itinerários, já no prelo: fruto das minhas inquietações humanas, femininas.

Não poderia deixar de me referir à colega Francilda, escritora reconhecida, que me inspirou, sem saber, com sua irreverência feminina sobre a envelhecência, a escrever Efeito cruzado. Singular ocasião.
A minha querida D. Mirtes, e o saudoso Dr. Lauro, pais de Dayse, Vera, Norminha, Vânia, Mirtinha, companheiras de infância e adolescência, inspiradoras da crônica As tertúlias.  Memoráveis festas.  As minhas primas Margarida, Madá, Célia, presentes em Ida e Vindas. Irmão, tios, sobrinhos em O Susto e em muitas outras narrativas.
Ah! São tantas as pessoas! Desculpem-me por não citá-las nominalmente, mas tenham a certeza que está presente, de uma maneira peculiar, no meu universo afetivo.
Aos meus queridos pais, já falecidos, inspiradores da nossa vida, saudosamente os homenageio por tudo que representaram e representam em nossas histórias pessoais. A eles, minhas lágrimas, meu canto nostálgico e o nosso inexplicável sentimento de amor.
Obrigada ao Arley, meu querido marido, aos meus amados filhos: Arley, Geovanna e Giordano e aos queridos netinhos: Arley, Victor, Adriano e Gustavo, aos meus irmãos, aos meus amigos e amigas, alunos, professores, funcionários que hoje me prestigiam. Com certeza não podem avaliar o tamanho da minha satisfação em tê-los aqui, nesse evento tão especial.

 Meus agradecimentos à Direção da Unifor pela consideração e o incentivo à minha vida acadêmica. Esta universidade, que eu gosto um recanto de tantos encantos e alegrias. 

Expresso o meu reconhecimento à Célia Felismino, minha preciosa amiga das letras que escreveu carinhosamente a orelha do livro, espargindo sensibilidade:

 É que suas experiências, seus momentos de alegria forte ou pesar estão mediados pela palavra, sendo esta, em seu livro, não apenas instrumento de descrição, de relatos de acontecimentos, mas, sobretudo, de revelação do ser....
A ela, o meu muito obrigado por sua generosa atenção.
        
Expresso ainda, os meus sinceros agradecimentos a Xênia, Coordenadora do Curso de Pedagogia por sua gentileza e sua cumplicidade estética na organização dessa noite.
 
 Minha gratidão particular ao mestre Batista de Lima, o escritor que não se furtou a ajudar a amiga iniciante.

Finalmente, concluo enunciando a todos que estou muito feliz. Agradeço especialmente a Deus, presença em minha vida de modo muito singular e se eu pudesse, os presentearia com mil flores perfumadas, de cores diferentes: vermelhas, brancas, amarelas, expressão de ternura, paixão, amizade e do meu sincero
                     
                            MUITO OBRIGADA.
                      

                           Fortaleza, 16 de março de 2004

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Sou uma jovem senhora que gosta de olhar o mundo de um jeito diferente, buscando encontrar o indecifrável, o indescritível, o inusitado, bem como as coisas simples e belas da vida.