COTIDIANO
Calcei as sandálias amarelas
Vesti o surrado vestido de linho
Sentei-me na cadeira de couro e bebi vinho
Era noite, e o dia já tinha entrado no passado
Da janela apreciei as rendas adornando os céus
Tudo era silencio, emudeceu o universo
Eu já tinha feitos versos transgressores da mesmice
Refutava o cotidiano insípido, pois nem sono chegava
Fiz as mesmas perguntas, todas sem respostas
E o mistério contorna minha noite insone
Amanhã, creio num juvenil começo
Trilho firme nos versos do cotidiano
Renovo a esperança e adoto novo ânimo
Pois, tudo pode mudar
Regina Barros Leal
Fortaleza/2021
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