INDECIFRÁVEL AGONIA
DE UMA ALMA AFLITA
Regina Barros Leal
Eis que estou a pensar nele
Saudades... Infindas saudades
Seu olhar perdido numa estranheza impenetrável
Suas mãos quentes presas ao peito doído
A dor estava presente na agudez do sofrimento
Tenta-se combatê-la. Mas permanece escondida nos recantos do
ser
De novo a ruga na testa e o rosto encrespado denunciando
desconforto
Assistir a esses momentos paralisou meu olhar e congelaram
meu ser!
Perdida nos recantos
da perda iminente refugiava-me na fé que acalenta
Ah! São tantos os sentimentos que afloram na circunstância
adversa
A alma sangrava e pedia perdão pela incapacidade de evitar a
perda
Quantas horas perdidas! Diálogos truncados, palavras não
ditas
Sufocada pela impotência mergulhava na escuridão da dor da
ineficácia
A substancia que anestesia a dor , penso que anestesiou a consciência
Breves sussurros... Rápidos olhares e o arfar do peito cada
vez mais lento
Não se esquece os momentos tristes, as horas, os minutos e
segundos da lenta partida
Choro e as lágrimas encharcam minhas vestes cinza de
tristeza, nesse momento amargo
Não sossego meu coração no pensamento racional, na
razoabilidade da frase “o tempo cura”
Somente Deus pode me dar paz e acalmar meu coração
Saudades do meu amor eternizado no coração e na memória
afetiva!
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